sábado, 19 de novembro de 2011

Caverna II

Numa noite tão surda
Tão absurda
E fria
Uma forte escuridão
Esconde as ruas
As putas
Abre uma prisão

Com uma falsa liberdade
Um devaneio
Observa tudo
Todo mundo
Mudo

Para onde vão
Não importa aonde vão
Mas eles vão

Escolhe ficar só
Com medo
No seu mundo
(I)mundo
Mudo
Esperando

Todos voltarem
Ao pó

(amos)

sábado, 5 de novembro de 2011

Caverna

O cão de guarda
Guarda a casa a olaria e oleiro

O oleiro guarda o barro
E cuida do cão

A filha do oleiro
Olha da casa com atenção

O genro que é guarda
Guarda a filha, oleiro e o cão

Na olaria o oleiro
Cozinha o barro
E o cão observa
A demorada transformação

Na cozinha da casa
A filha cozinha
Para o oleiro, para o guarda
E um pouco para o cão

E guardados na escuridão
Quem os guarda
Da imitação.

(amos)