Na desmesura
Uma mentira
É assim
Simples rasura
Vem e saúda
E logo vai
Que vai pra bem longe
E não volte mais
E também se caso
Voltar
Ao acaso
Não vai me encontrar
(amos)
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Reflexo
Se há do outro lado
É um revés
E se há o que há
Tu que és
Se tem sentido
Se há sentido
Admito os sintomas
Do que há
Do que há de haver
Tudo que é de lá
Incontrolável e zombeteira
Dúbia frieza
Apunhala
Esse ser
E prepara funda cova
De novo
Há de morrer
(amos)
É um revés
E se há o que há
Tu que és
Se tem sentido
Se há sentido
Admito os sintomas
Do que há
Do que há de haver
Tudo que é de lá
Incontrolável e zombeteira
Dúbia frieza
Apunhala
Esse ser
E prepara funda cova
De novo
Há de morrer
(amos)
sábado, 3 de dezembro de 2011
Ser Sexo e poesia
Nus lado a lado
Carne a carne
Se refazem
Livres no pecado
Dentro de um labirinto
Compenetrados da incerteza
Que incha que rasga
Que não se explica
Mas que deseja
Nossos corpos
Entorpecidos
Dois seres unidos
Pela leveza do sexo
E a força da poesia
(amos)
Carne a carne
Se refazem
Livres no pecado
Dentro de um labirinto
Compenetrados da incerteza
Que incha que rasga
Que não se explica
Mas que deseja
Nossos corpos
Entorpecidos
Dois seres unidos
Pela leveza do sexo
E a força da poesia
(amos)
sábado, 19 de novembro de 2011
Caverna II
Numa noite tão surda
Tão absurda
E fria
Uma forte escuridão
Esconde as ruas
As putas
Abre uma prisão
Com uma falsa liberdade
Um devaneio
Observa tudo
Todo mundo
Mudo
Para onde vão
Não importa aonde vão
Mas eles vão
Escolhe ficar só
Com medo
No seu mundo
(I)mundo
Mudo
Esperando
Todos voltarem
Ao pó
(amos)
Tão absurda
E fria
Uma forte escuridão
Esconde as ruas
As putas
Abre uma prisão
Com uma falsa liberdade
Um devaneio
Observa tudo
Todo mundo
Mudo
Para onde vão
Não importa aonde vão
Mas eles vão
Escolhe ficar só
Com medo
No seu mundo
(I)mundo
Mudo
Esperando
Todos voltarem
Ao pó
(amos)
sábado, 5 de novembro de 2011
Caverna
O cão de guarda
Guarda a casa a olaria e oleiro
O oleiro guarda o barro
E cuida do cão
A filha do oleiro
Olha da casa com atenção
O genro que é guarda
Guarda a filha, oleiro e o cão
Na olaria o oleiro
Cozinha o barro
E o cão observa
A demorada transformação
Na cozinha da casa
A filha cozinha
Para o oleiro, para o guarda
E um pouco para o cão
E guardados na escuridão
Quem os guarda
Da imitação.
(amos)
Guarda a casa a olaria e oleiro
O oleiro guarda o barro
E cuida do cão
A filha do oleiro
Olha da casa com atenção
O genro que é guarda
Guarda a filha, oleiro e o cão
Na olaria o oleiro
Cozinha o barro
E o cão observa
A demorada transformação
Na cozinha da casa
A filha cozinha
Para o oleiro, para o guarda
E um pouco para o cão
E guardados na escuridão
Quem os guarda
Da imitação.
(amos)
sábado, 22 de outubro de 2011
Homem enjaulado
O homem enjaulado urra
Só, mas os fantasmas o acompanham
E no abismo do desespero faz jura
Mas eles o condenam
Puxam e lhe afogam
Tenta gritar, mas o ar lhe escapa
Então urra, luta e espuma
Enjaulado, arranha, morde e explode
A cabeça na fria parede
De sua solitária jaula
Cansado abre suas veias
E o sangue numa doce brisa
Leva suas forças
O homem enjaulado definha
Já não tem forças para morte digna
O homem enjaulado e esquecido
No seu próprio mundo
Sente o quente laço
Que como um carrasco
Ele mesmo preparou
E como sua vida se finda
Mais alto ainda
Como uma fera urrou
E mansamente morre esquecido
O adulto parido
Que sem sentido fracassou
(amos)
Só, mas os fantasmas o acompanham
E no abismo do desespero faz jura
Mas eles o condenam
Puxam e lhe afogam
Tenta gritar, mas o ar lhe escapa
Então urra, luta e espuma
Enjaulado, arranha, morde e explode
A cabeça na fria parede
De sua solitária jaula
Cansado abre suas veias
E o sangue numa doce brisa
Leva suas forças
O homem enjaulado definha
Já não tem forças para morte digna
O homem enjaulado e esquecido
No seu próprio mundo
Sente o quente laço
Que como um carrasco
Ele mesmo preparou
E como sua vida se finda
Mais alto ainda
Como uma fera urrou
E mansamente morre esquecido
O adulto parido
Que sem sentido fracassou
(amos)
sábado, 15 de outubro de 2011
Da mentira
Se for preciso minto
Que eu curto
O tempo curto
Da presença
E quando sinto
O leve toque
Da ausência
Também minto
Minto tanto que
Chego até convencer
A se esconder
No refúgio de uma mentira
(amos)
Que eu curto
O tempo curto
Da presença
E quando sinto
O leve toque
Da ausência
Também minto
Minto tanto que
Chego até convencer
A se esconder
No refúgio de uma mentira
(amos)
sábado, 8 de outubro de 2011
Apêndice ileocecal
Sonho
Desconexo sem nexo
conexo
Com nexo
Sexo
Começo sonhar somar
Suar
Soar
Anestesiar
Anestesiado iniciam
Cirurgia suturar
Pra retirar o apêndice ileocecal
Apendicite
Que teimou a estourar.
(amos)
Desconexo sem nexo
conexo
Com nexo
Sexo
Começo sonhar somar
Suar
Soar
Anestesiar
Anestesiado iniciam
Cirurgia suturar
Pra retirar o apêndice ileocecal
Apendicite
Que teimou a estourar.
(amos)
sábado, 24 de setembro de 2011
Ando meio roto
Uma puta me deixa puto
Xinga-me de bruto
De estúpido de porco
(Porque ando roto)
E se não bastasse
(como se me preocupasse)
Por um pouco mais de prazer
Ela quase se mata
(pobre puta)
Pelo falso tesão
Que finjo ter
Pura enganação
Como acho certo mentir
Deixo tudo fluir
Mas isso tudo na verdade
É uma imensa saudade
Que ela tem, de me sentir
(amos)
Xinga-me de bruto
De estúpido de porco
(Porque ando roto)
E se não bastasse
(como se me preocupasse)
Por um pouco mais de prazer
Ela quase se mata
(pobre puta)
Pelo falso tesão
Que finjo ter
Pura enganação
Como acho certo mentir
Deixo tudo fluir
Mas isso tudo na verdade
É uma imensa saudade
Que ela tem, de me sentir
(amos)
domingo, 18 de setembro de 2011
Fina Flor
Fina flor
Floresce
Flor do sexo
Que endoidece
A flor feminina
Quente e úmida
Fina flor rubra
A fina flor da volúpia
A flor sem nome
Na madrugada é insônia
Fina flor sedutora
Causadora
Do inimaginável
Gemido de quem goza
Fina flor plantada na esquina
Ou no jardim alheio
Fina flor do delicioso
Pecado
Que não tem fim
Divina e perigosa
Fina flor venenosa
(Amos)
Floresce
Flor do sexo
Que endoidece
A flor feminina
Quente e úmida
Fina flor rubra
A fina flor da volúpia
A flor sem nome
Na madrugada é insônia
Fina flor sedutora
Causadora
Do inimaginável
Gemido de quem goza
Fina flor plantada na esquina
Ou no jardim alheio
Fina flor do delicioso
Pecado
Que não tem fim
Divina e perigosa
Fina flor venenosa
(Amos)
domingo, 11 de setembro de 2011
Sapatonovo
Sapatonovo
Polido brilhando um espelho
Pisa forte na rua de cascalho
Na grama um leve pisar
No sinal impaciente esperar
Sapatonovo me leva a passear
Para donzela enamorar
“Cachorro maldito
Não tinha outro lugar
Pra cagar”
Sapatonovo
Não conseguiu desviar!
(amos)
Polido brilhando um espelho
Pisa forte na rua de cascalho
Na grama um leve pisar
No sinal impaciente esperar
Sapatonovo me leva a passear
Para donzela enamorar
“Cachorro maldito
Não tinha outro lugar
Pra cagar”
Sapatonovo
Não conseguiu desviar!
(amos)
sábado, 3 de setembro de 2011
Parte
Não temo quando parte
Pois parte de mim
Também parte
Pra bem longe de mim
E vai contigo, pra algum lugar
E eu continuo a teimar
Teimo tanto que o que resta
É o inacabável esperar
E espero tanto, que acho
Que não vai demorar
E você demora um pouco mais
Demora tanto, que imagino
Que tanto faz
E o tempo faz tudo acabar
E o que vai sobrar
É só a tua ausência
No vazio de um olhar
Num gélido abraço
E no disfarçar
Da certeza que logo
Vai embora
Pra nunca mais voltar
Eu temo tanto
Que tento disfarçar
Temo tanto e tento distanciar
A outra metade que eu criar
(amos)
domingo, 21 de agosto de 2011
Reflexos Noturnos
Nem espelhos
Nem sussurros
Nem há céus
Nem há um eu
Mas há jardins secos
Há folhas secas
Há sombras sem corpos
Há poeira
Mas logo vem a lama
Que lambe o chão
E descobre
A solidão
(amos)
sábado, 13 de agosto de 2011
Derradeira cena
Não te faças estranheza
Na simples leveza
De palavras sem fim
Que tira a vida de mim
Como uma simples peça
Num velho teatro
Com um único apreciador
Vou contar um negativo amor
E tamanha essa dor
Que não tem cura
E eu aqui, morrendo, faço juras
Para qualquer santo salvador
E você me enganando
Gargalhando e expulsando
Esse rapaz sofredor
Como um desgraçado cão
Acuado na ilusão
Perdido na escuridão
Fico jogado na solidão
É tamanha a desgraça
Que nem a cachaça
Vai me livrar desse embaraço
No qual você me deixou
Tão iludido que ameaço
Me jogar do terraço
Desse velho prédio
Que por muito tempo
Você, linda, habitou
Agora perdendo a calma
Ferindo forte minha alma
Vem a triste lembrança
Das inverdades que escutei
Tão leve esperança
Que inocente acreditei
Fui tão infeliz que ainda te amei
Um amor muito mais forte
De tudo que já imaginei
E agora só desejo a morte
Para curar essa chaga
Desse triste criador
Que escreveu numa folha qualquer
Um desgraçado amor
E que nada mais apaga
Esse infeliz viver
Pra completar o trágico teatro
O personagem é outro
Que já entra em cena
E você sem demora
Abraça e beija
Já se declara
Para esse novo ator
Vai logo esquecendo
Que um dia jurou
Que seria eterno
O que deus nos guardou
E agora cansado de sonhar
Eu fico a implorar
Que um dia a cena acabe
E algum anjo quem sabe
Venha lá do alto
E possa nos juntar
Para uma nova historia
Juntos contar
Mas enquanto os santos não ouvem
Os anjos não descem
E o milagre não vem
Eu vou pegar qualquer trem
Para fugir dessa cidade
Para escapar da saudade
Que restou, aqui dentro
Bem dentro de mim
Mas espero e ainda rezo
Que essa estrada de ferro
Nunca chegue ao fim
(amos)
Na simples leveza
De palavras sem fim
Que tira a vida de mim
Como uma simples peça
Num velho teatro
Com um único apreciador
Vou contar um negativo amor
E tamanha essa dor
Que não tem cura
E eu aqui, morrendo, faço juras
Para qualquer santo salvador
E você me enganando
Gargalhando e expulsando
Esse rapaz sofredor
Como um desgraçado cão
Acuado na ilusão
Perdido na escuridão
Fico jogado na solidão
É tamanha a desgraça
Que nem a cachaça
Vai me livrar desse embaraço
No qual você me deixou
Tão iludido que ameaço
Me jogar do terraço
Desse velho prédio
Que por muito tempo
Você, linda, habitou
Agora perdendo a calma
Ferindo forte minha alma
Vem a triste lembrança
Das inverdades que escutei
Tão leve esperança
Que inocente acreditei
Fui tão infeliz que ainda te amei
Um amor muito mais forte
De tudo que já imaginei
E agora só desejo a morte
Para curar essa chaga
Desse triste criador
Que escreveu numa folha qualquer
Um desgraçado amor
E que nada mais apaga
Esse infeliz viver
Pra completar o trágico teatro
O personagem é outro
Que já entra em cena
E você sem demora
Abraça e beija
Já se declara
Para esse novo ator
Vai logo esquecendo
Que um dia jurou
Que seria eterno
O que deus nos guardou
E agora cansado de sonhar
Eu fico a implorar
Que um dia a cena acabe
E algum anjo quem sabe
Venha lá do alto
E possa nos juntar
Para uma nova historia
Juntos contar
Mas enquanto os santos não ouvem
Os anjos não descem
E o milagre não vem
Eu vou pegar qualquer trem
Para fugir dessa cidade
Para escapar da saudade
Que restou, aqui dentro
Bem dentro de mim
Mas espero e ainda rezo
Que essa estrada de ferro
Nunca chegue ao fim
(amos)
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Contra o ponto
Conta-tempo
Composto
Segundos
Minutos
Horas
Contratempo
Oposto
Ao pensamento
Escravizado
Simplesmente
Não pense
Não fale
Não faça
Se desfaça
Disfarça
Se torture
E se mate
(amos)
Composto
Segundos
Minutos
Horas
Contratempo
Oposto
Ao pensamento
Escravizado
Simplesmente
Não pense
Não fale
Não faça
Se desfaça
Disfarça
Se torture
E se mate
(amos)
domingo, 17 de julho de 2011
Despedida
Alguém sussurrou outrora
Em noites e semanas inteiras
No imenso vazio contemplava
As flores sem um jardim
A chuva continua caindo lá fora
Adornando as ultimas frases
Ditas antes do silêncio absoluto
Que faz quando vai embora
Mas fica discretamente como um espinho
Cravado, sem sentido
Em algum lugar
No velho corpo parido
(amos)
Em noites e semanas inteiras
No imenso vazio contemplava
As flores sem um jardim
A chuva continua caindo lá fora
Adornando as ultimas frases
Ditas antes do silêncio absoluto
Que faz quando vai embora
Mas fica discretamente como um espinho
Cravado, sem sentido
Em algum lugar
No velho corpo parido
(amos)
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Noites de ausência
Rejeita-me em mais uma noite
De maneira tão forte
Que me pune
Com a tua ausência
E que de súbito
Arranca-me deste mundo
E deixa-me no doloroso cárcere profundo
No meu mundo fechado
Que se fecha mais a cada segundo
Assim vou morrendo
Inúmeras vezes seguidas
E morro no ermo
E morro no limbo
(amos)
De maneira tão forte
Que me pune
Com a tua ausência
E que de súbito
Arranca-me deste mundo
E deixa-me no doloroso cárcere profundo
No meu mundo fechado
Que se fecha mais a cada segundo
Assim vou morrendo
Inúmeras vezes seguidas
E morro no ermo
E morro no limbo
(amos)
domingo, 19 de junho de 2011
Quarto 10
Popular, em uma simples viela
Traçava o panorama
De segredos que a gente não conta
Lá fora a realidade é questionada
Aqui dentro é tudo representação
Com a melhor intenção
Dois dissimulados, pecadores
Em um corpo só
Atraídos pela nudez
Enganosa, de(o) ser puro
Entorpecidos pelo prazer
Que ainda prevalece
Na falsa união que ninguém vê
Somos seres em movimentos
Provando a expressiva
Força carnal
Em mais um encontro casual
(amos)
Traçava o panorama
De segredos que a gente não conta
Lá fora a realidade é questionada
Aqui dentro é tudo representação
Com a melhor intenção
Dois dissimulados, pecadores
Em um corpo só
Atraídos pela nudez
Enganosa, de(o) ser puro
Entorpecidos pelo prazer
Que ainda prevalece
Na falsa união que ninguém vê
Somos seres em movimentos
Provando a expressiva
Força carnal
Em mais um encontro casual
(amos)
terça-feira, 7 de junho de 2011
Iludo-me calado
Não resta dúvida, iludo-me
Assim, sem negação
Puramente pelo gosto
Da solidão
Não apenas como exagero
Talvez pelo abstrato no vazio
Que o mundo me pariu
Mas não, não é demência
É uma coisa que repulsa
Do íntimo, uma ardência
Alguns estalos enfim uma sombra
Verdadeiramente sem medo
Não obstante, expulso
Para fora
Pro mundo da ausência
Que é minha criação
E você teimosa
Cheio de incertezas
Chama simplesmente
De inútil ilusão
(amos)
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Simples versos (que sou)
Separei do resto
Do resto do dia
O que sobrou de mim
Um silêncio
Uma vigília
Preces que fiz
Ontem a noite
Eu esqueci
Hoje de madrugada
Talvez levante
E faça a prece até o fim
De janela fechada
De vida fechada
(amos)
Do resto do dia
O que sobrou de mim
Um silêncio
Uma vigília
Preces que fiz
Ontem a noite
Eu esqueci
Hoje de madrugada
Talvez levante
E faça a prece até o fim
De janela fechada
De vida fechada
(amos)
sábado, 7 de maio de 2011
Grito minha poesia
(Calei-me diante da poesia)
Desejosa noite acolhedora
Eis me aqui!
Sozinho, com um simples rascunho
Grito minha poesia amadora
Para ti
No silêncio sem testemunho
Minha voz ecoou
Rasgando teu ventre, amada
Só ela escutou
E não mais me perdoou
Escuridão adentra
Nos becos sujos
Imundo é o mundo
Em meio aos vermes
Que se proliferam
Nas fezes fétidas
Nas chagas abertas
E na carne putrificada
De todos nós
Repousado no lodo
Regurgitado antes da insônia
Não mais vida!
Assim fomos
Complexo organismo
Morto e não mais vivo
Simples vermes
De várias formas
Assim somos
Escuta o vil pecador
Insano, ajoelhado
Gritando desesperado
A simples poesia
Assim sou
(amosventura)
quarta-feira, 20 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
Monólogo de um trabalhador
Vou indo
Vou vindo
F u g i n d o
Sumindo
(sumido)
Vivendo
Sobrevivendo
Vivenciando
Tudo isso
Mas! Não entendo
(Nada)
Exteriorizo
(Risos)
Exponho
(Risadas)
Deliro
(Gargalhadas)
Uma vertigem
Vertigem Vertigem
Assola
Eu
Vou
Caindo
Caindo
Na quietude da sala
Segundos
Minutos
Horas
Vultos
E senhoras
Me levantam
Levam
O
Leve corpo
(feito de pó)
Ossos, pele
Pêlo
Pelado
Um apelo
A ouvidos
(moucos)
Absurdo!
Grito
Resmungo
(mudo)
Me iludo
(mundo)
Agora vou indo
Chegando
(forçado)
Escravizado
Não, não trabalhando!
(amosventura)
domingo, 3 de abril de 2011
Acaso uma rua
Acaso um poema
(A) “ventura”
Que ninguém atura
No vazio de uma rua
Na rua da dona Ema
Escura, sem lua
Poucos versos, sem rima
Sem métrica, que cisma!
Na esquina olhos de cão observa
Do outro lado, meninos com erva
Na janela da frente, a menina sem asa
Pula, e logo circula
Para e logo se amassa
Entra em outra casa e toma pílula
Na frente do bar fechado
Na rua suja, um bêbado desmaiado
Uma moça (provavelmente) universitária
Desce do ônibus solitária
Corre para não ser roubada
Entra na casa, fica aprisionada
Com a luz apagada, tento dormir
Mas a insônia me faz rir
E aqui dentro desse quarto
Não acho nenhuma graça
E logo me farto
Dessa velha cama
Cheia de traça
Que tiram minha calma
E consomem minha alma
Puta desgraça!
(amosventura)
(A) “ventura”
Que ninguém atura
No vazio de uma rua
Na rua da dona Ema
Escura, sem lua
Poucos versos, sem rima
Sem métrica, que cisma!
Na esquina olhos de cão observa
Do outro lado, meninos com erva
Na janela da frente, a menina sem asa
Pula, e logo circula
Para e logo se amassa
Entra em outra casa e toma pílula
Na frente do bar fechado
Na rua suja, um bêbado desmaiado
Uma moça (provavelmente) universitária
Desce do ônibus solitária
Corre para não ser roubada
Entra na casa, fica aprisionada
Com a luz apagada, tento dormir
Mas a insônia me faz rir
E aqui dentro desse quarto
Não acho nenhuma graça
E logo me farto
Dessa velha cama
Cheia de traça
Que tiram minha calma
E consomem minha alma
Puta desgraça!
(amosventura)
domingo, 27 de março de 2011
Memória de uma prostituta
Amarrotado jardim carnal
O qual doce bela se banha
Noite adentro, lua fora
Perdido, pecador banal
Espia, escarra e arranha
Prova o amargo veneno da fruta
Delicia-se tentadora prostituta
Tece feroz sua teia
Aprisiona a carne pecadora
Ludibria com taça cheia
Arde loucamente desejosa
Grita alto desgraçada tentadora
Nua alma de seda rosa
Crava a unha no corpo
Da vitima que se entrega
Treme sussurra quase morto
A gota deliciosa rega
Ressuscitando o corpo desgraçado
Noite fria instiga paixão quente
Ardil caminho, delicioso pecado
Regozijo loucamente
Do aveludado jardim seu
Minha prostituta amada
Numa triste madrugada
O suicídio cometeu
Agora descansa inocente
No jardim, inconsciente
Que aflora no peito
De esse ser imperfeito
Que lembra inquieto
Agoniado no leito
Febril moribundo, eu Decreto!
(poema escrito, das divagações literárias e das observações noturnas)
(amosventura)
O qual doce bela se banha
Noite adentro, lua fora
Perdido, pecador banal
Espia, escarra e arranha
Prova o amargo veneno da fruta
Delicia-se tentadora prostituta
Tece feroz sua teia
Aprisiona a carne pecadora
Ludibria com taça cheia
Arde loucamente desejosa
Grita alto desgraçada tentadora
Nua alma de seda rosa
Crava a unha no corpo
Da vitima que se entrega
Treme sussurra quase morto
A gota deliciosa rega
Ressuscitando o corpo desgraçado
Noite fria instiga paixão quente
Ardil caminho, delicioso pecado
Regozijo loucamente
Do aveludado jardim seu
Minha prostituta amada
Numa triste madrugada
O suicídio cometeu
Agora descansa inocente
No jardim, inconsciente
Que aflora no peito
De esse ser imperfeito
Que lembra inquieto
Agoniado no leito
Febril moribundo, eu Decreto!
(poema escrito, das divagações literárias e das observações noturnas)
(amosventura)
sábado, 19 de março de 2011
É assim que sinto
E assim que sinto
Sua falta
E faz muita falta
Quando ressalta
A lembrança
De você indo
Vindo, sorrindo
Posso fingir compreensão
Mas agora não
Pois aflorou
Afogou
Em meu ser
Posso ser
Ver, escrever
Ler, reler
Tudo que segregou
Em minutos
Que dura dor
Durador
Dura a dor
E tudo que causou
Foi o caos
O tradutor
Traduzindo o desatino
Desalento
Que em palavras transformou
Formou
Fraseou tudo no papel
Papelão
No centro certo
Mas perto do peito
E deixa com gosto de fel
Feito feitiço
Enfeitiçando
Enfeitiçado despeço
Desprendo, disperso
Desaparece no céu
Seu
Reaparece presa
Prestes perto
Do chão
Meu
Medo
Quando acontece
Acomete
E anoitece
Fico preso no ensejo
Pra sair da solidão
Solução
Silenciosa
Saudosa ainda
Que não finda
Mas me abraça
E faz criar
Tudo de novo
Novamente
Antes que acabe
E cause
A separação
Forçada
Indesejada
De você alegria
Contagia
Dentro de mim
Monotonia
Melancolia
Somados, sanados
Em simples poesia.....
(amosventura)
poema para uma amiga, que amanhece meu dia....
Sua falta
E faz muita falta
Quando ressalta
A lembrança
De você indo
Vindo, sorrindo
Posso fingir compreensão
Mas agora não
Pois aflorou
Afogou
Em meu ser
Posso ser
Ver, escrever
Ler, reler
Tudo que segregou
Em minutos
Que dura dor
Durador
Dura a dor
E tudo que causou
Foi o caos
O tradutor
Traduzindo o desatino
Desalento
Que em palavras transformou
Formou
Fraseou tudo no papel
Papelão
No centro certo
Mas perto do peito
E deixa com gosto de fel
Feito feitiço
Enfeitiçando
Enfeitiçado despeço
Desprendo, disperso
Desaparece no céu
Seu
Reaparece presa
Prestes perto
Do chão
Meu
Medo
Quando acontece
Acomete
E anoitece
Fico preso no ensejo
Pra sair da solidão
Solução
Silenciosa
Saudosa ainda
Que não finda
Mas me abraça
E faz criar
Tudo de novo
Novamente
Antes que acabe
E cause
A separação
Forçada
Indesejada
De você alegria
Contagia
Dentro de mim
Monotonia
Melancolia
Somados, sanados
Em simples poesia.....
(amosventura)
poema para uma amiga, que amanhece meu dia....
Quase Poema
Quase morro
Mas não te levo
Junto
A dor maldita
Se faz presente
Essa sim é que mata
Mas você é a cúmplice
Mesmo assim
Me culpa
Pois eu sei
Essa e minha sentença
Sem entender
Cem anos
Sem saber
Contemplando
Simplesmente
Qual a diferença
De morrer
Se eu quase morro
(amosventura)
Mas não te levo
Junto
A dor maldita
Se faz presente
Essa sim é que mata
Mas você é a cúmplice
Mesmo assim
Me culpa
Pois eu sei
Essa e minha sentença
Sem entender
Cem anos
Sem saber
Contemplando
Simplesmente
Qual a diferença
De morrer
Se eu quase morro
(amosventura)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Simples Tom (que sou)
Eu sou, só o tom
Não tão bom
Sou apenas um surdo
Tom noturno
Perdido e não preferido
Que alguém quer ouvir
Silencio
Aqui um poema maldito
Do poeta que insisto
Em querer ser
Mas nunca desisto
E pela doidice minha
Pela manha
Pela manhã
Volto a escrever
Em um tom
Não tão bom
Que todos queiram ler.
(amosventura)
Não tão bom
Sou apenas um surdo
Tom noturno
Perdido e não preferido
Que alguém quer ouvir
Silencio
Aqui um poema maldito
Do poeta que insisto
Em querer ser
Mas nunca desisto
E pela doidice minha
Pela manha
Pela manhã
Volto a escrever
Em um tom
Não tão bom
Que todos queiram ler.
(amosventura)
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Traição
Eu te traio, mas não carnal
Talvez com a melancolia
Que me acompanha no dia
Você é de traição banal
E quando acontece a traição
Não me sinto culpado
Pois não foi pecado
Mas foi a solidão
Talvez seja a imperfeição
Que cause a traição
Mas eu te traio como você faria
Mas não te traio com sexo
Como você me trairia
Mas te traio em verso
Na minha poesia
(amosventura)
(poema que me mata e me matou, ha muito tempo, recente, saudades causa a traiçao)
Talvez com a melancolia
Que me acompanha no dia
Você é de traição banal
E quando acontece a traição
Não me sinto culpado
Pois não foi pecado
Mas foi a solidão
Talvez seja a imperfeição
Que cause a traição
Mas eu te traio como você faria
Mas não te traio com sexo
Como você me trairia
Mas te traio em verso
Na minha poesia
(amosventura)
(poema que me mata e me matou, ha muito tempo, recente, saudades causa a traiçao)
domingo, 30 de janeiro de 2011
Deserto
Deserto (amor distante)
Passo pelo deserto do desencontro
Desconcerto-me entre uma venturosa
Maldita, tempestade que tortura
Pouco a pouco me deixa quase morto
Isolado no vasto antro
Que mortifica com um perigoso fervor
E reveste com um véu espinhoso
Esse único maldito amor
Um alongado suspiro que me fere
Palpita-me em meu peito a dor da lembrança
A luz dispersa e ofuscante do sorriso
Onduloso que ressalta ainda uma esperança
Na ilusão extrema na margem do rio
Que me arde emoções que invento
E no ventre escuro da terra
Calmamente aflora um raro e imaginário
Amor árduo, que dilacera o meu peito
A constância desse sofrimento
Violentamente perturba e me conduz
E em sucessivos flagelos me reduz
Em um infausto ser moribundo
Entregue aos vermes da terra
Que ferozmente estão a espera
(amosventura)
para alguem que ficou longe, distante que marcou um tanto, a voz,sorrisso, seus movimentos, o nu de seus braços ainda é a imagem que eu vejo, faria o possivel para descançar em seus braços, como a distancia nos separa, vou subir e gritar meus amores.............
Passo pelo deserto do desencontro
Desconcerto-me entre uma venturosa
Maldita, tempestade que tortura
Pouco a pouco me deixa quase morto
Isolado no vasto antro
Que mortifica com um perigoso fervor
E reveste com um véu espinhoso
Esse único maldito amor
Um alongado suspiro que me fere
Palpita-me em meu peito a dor da lembrança
A luz dispersa e ofuscante do sorriso
Onduloso que ressalta ainda uma esperança
Na ilusão extrema na margem do rio
Que me arde emoções que invento
E no ventre escuro da terra
Calmamente aflora um raro e imaginário
Amor árduo, que dilacera o meu peito
A constância desse sofrimento
Violentamente perturba e me conduz
E em sucessivos flagelos me reduz
Em um infausto ser moribundo
Entregue aos vermes da terra
Que ferozmente estão a espera
(amosventura)
para alguem que ficou longe, distante que marcou um tanto, a voz,sorrisso, seus movimentos, o nu de seus braços ainda é a imagem que eu vejo, faria o possivel para descançar em seus braços, como a distancia nos separa, vou subir e gritar meus amores.............
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Vazio noturno
No vazio noturno
Muda o turno
Torno tronco
E todos trancam
As portas e janelas
Do centro e das favelas
E fora fica a fome
Do menino que dorme
Silencioso acorda
No meio da desordem
Desordenados outros tantos
Também acordam
Acordados e alimentados
Tão vaidosos vão
E esquecem o menino
Faminto deitado no chão
Com pouco peso
Preso na solidão
Sem solução
Com soluços
Soluçando a fome
O menino some
No meio da multidão
(amosventura)
Muda o turno
Torno tronco
E todos trancam
As portas e janelas
Do centro e das favelas
E fora fica a fome
Do menino que dorme
Silencioso acorda
No meio da desordem
Desordenados outros tantos
Também acordam
Acordados e alimentados
Tão vaidosos vão
E esquecem o menino
Faminto deitado no chão
Com pouco peso
Preso na solidão
Sem solução
Com soluços
Soluçando a fome
O menino some
No meio da multidão
(amosventura)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Poesia ando
Meu dia em pecado
Num pedaço do recado
Talvez minha metade
Abrace-me e negue-me
Maltrate-me e depois me mate
Ressuscite-me
E de novo mate-me
Por isso tenho medo
E duvido também
Dessa falsa verdade
Que ouço todo dia
Que a morte é o amém
Pois separo da vida
E renasço na poesia
Eis a parte de mim
Separada do fim
Do fim da vida
Do fim do dia
No fim a poesia
(amosventura)
Num pedaço do recado
Talvez minha metade
Abrace-me e negue-me
Maltrate-me e depois me mate
Ressuscite-me
E de novo mate-me
Por isso tenho medo
E duvido também
Dessa falsa verdade
Que ouço todo dia
Que a morte é o amém
Pois separo da vida
E renasço na poesia
Eis a parte de mim
Separada do fim
Do fim da vida
Do fim do dia
No fim a poesia
(amosventura)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Banquete
Banquete
Eu insisto em existir
E persisto em substituir
A tua ausência
Pela minha paciência
Sei que é falsa a presença
Que a loucura despertou
E logo extinguiu a esperança
Que o vinho santo simulou
No banquete das delicias
Na madrugada de orgias
Que a santa prostituta ofertou
(amosventura)
Eu insisto em existir
E persisto em substituir
A tua ausência
Pela minha paciência
Sei que é falsa a presença
Que a loucura despertou
E logo extinguiu a esperança
Que o vinho santo simulou
No banquete das delicias
Na madrugada de orgias
Que a santa prostituta ofertou
(amosventura)
sábado, 1 de janeiro de 2011
Patativa (o canto da minha solidão)
Patativa (o canto da minha solidão)
Sol é solidão
No solstício de verão
Só e solitário
Como o canto do canário
Só não sabia
Da tristeza do sabiá
Só no sertão
Quente empoeirado
O sol sacrificando
A plantação e o gado
Só festejando
Quando vem chegando
Tão esperançoso
O dia chuvoso
O dia mais aclamado
Do povo flagelado
Só a chuva abençoada
Deixa renovada
Essa aridez
Que como o sol
Na noite se desfez
E só a lembrar
Do poeta Patativa
Do sofrido canto
Que cantava a vida
E quando findou
Causou espanto
Só restou
O silencio e o pranto
Aqui e acolá
singela homenagem ao saudoso poeta Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) que cantou nas banda de lá, longe aqui do Paraná.
(amosventura)
Sol é solidão
No solstício de verão
Só e solitário
Como o canto do canário
Só não sabia
Da tristeza do sabiá
Só no sertão
Quente empoeirado
O sol sacrificando
A plantação e o gado
Só festejando
Quando vem chegando
Tão esperançoso
O dia chuvoso
O dia mais aclamado
Do povo flagelado
Só a chuva abençoada
Deixa renovada
Essa aridez
Que como o sol
Na noite se desfez
E só a lembrar
Do poeta Patativa
Do sofrido canto
Que cantava a vida
E quando findou
Causou espanto
Só restou
O silencio e o pranto
Aqui e acolá
singela homenagem ao saudoso poeta Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) que cantou nas banda de lá, longe aqui do Paraná.
(amosventura)
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