quinta-feira, 21 de julho de 2011

Contra o ponto

Conta-tempo
Composto
Segundos
Minutos
Horas

Contratempo
Oposto
Ao pensamento
Escravizado

Simplesmente
Não pense
Não fale
Não faça
Se desfaça
Disfarça
Se torture
E se mate

(amos)

domingo, 17 de julho de 2011

Despedida

Alguém sussurrou outrora
Em noites e semanas inteiras
No imenso vazio contemplava
As flores sem um jardim

A chuva continua caindo lá fora
Adornando as ultimas frases
Ditas antes do silêncio absoluto
Que faz quando vai embora

Mas fica discretamente como um espinho
Cravado, sem sentido
Em algum lugar
No velho corpo parido

(amos)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Noites de ausência

Rejeita-me em mais uma noite
De maneira tão forte

Que me pune
Com a tua ausência

E que de súbito
Arranca-me deste mundo
E deixa-me no doloroso cárcere profundo

No meu mundo fechado
Que se fecha mais a cada segundo
Assim vou morrendo
Inúmeras vezes seguidas
E morro no ermo
E morro no limbo

(amos)