sábado, 28 de dezembro de 2013

Da pele



A brancura suave da tua pele confunde
O vôo noturno do anjo celestial
E o calor que sobe é semelhante
O fogo do juízo final

E o infinito som do gemido
Abre a porta para o abismo infernal
E do céu desce o “fogo misturado”
“com o sangue” do pecado carnal

E quando docemente a chama toca
O mar da pele, tranqüilo queima
E o vento santo do desejo acalma

Esse fogo que acende na alma
O gosto amargo do santo pecado
Que no ventre da alma eternamente fica marcado.

(Amos)

sábado, 23 de novembro de 2013

Do cabelo



Teu cabelo que ondula
No vento sereno da saudade
E um infinito mundo revela
A beleza do instante devasso da insanidade

E indefeso o pensamento navega
No mar bravio abstrato
E no incandescente desejo nefasto
Que constantemente tudo cega

E na escura ilusão que tudo devora
Busca, a incerteza da luz branca da aurora
Mas o farol da solitária luz que guia

Por entre as dores do triste nevoeiro
Atrai para longe, lá, para a prisão da agonia
E faz do navegador teu eterno prisioneiro
(amos)