Deserto (amor distante)
Passo pelo deserto do desencontro
Desconcerto-me entre uma venturosa
Maldita, tempestade que tortura
Pouco a pouco me deixa quase morto
Isolado no vasto antro
Que mortifica com um perigoso fervor
E reveste com um véu espinhoso
Esse único maldito amor
Um alongado suspiro que me fere
Palpita-me em meu peito a dor da lembrança
A luz dispersa e ofuscante do sorriso
Onduloso que ressalta ainda uma esperança
Na ilusão extrema na margem do rio
Que me arde emoções que invento
E no ventre escuro da terra
Calmamente aflora um raro e imaginário
Amor árduo, que dilacera o meu peito
A constância desse sofrimento
Violentamente perturba e me conduz
E em sucessivos flagelos me reduz
Em um infausto ser moribundo
Entregue aos vermes da terra
Que ferozmente estão a espera
(amosventura)
para alguem que ficou longe, distante que marcou um tanto, a voz,sorrisso, seus movimentos, o nu de seus braços ainda é a imagem que eu vejo, faria o possivel para descançar em seus braços, como a distancia nos separa, vou subir e gritar meus amores.............
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Vazio noturno
No vazio noturno
Muda o turno
Torno tronco
E todos trancam
As portas e janelas
Do centro e das favelas
E fora fica a fome
Do menino que dorme
Silencioso acorda
No meio da desordem
Desordenados outros tantos
Também acordam
Acordados e alimentados
Tão vaidosos vão
E esquecem o menino
Faminto deitado no chão
Com pouco peso
Preso na solidão
Sem solução
Com soluços
Soluçando a fome
O menino some
No meio da multidão
(amosventura)
Muda o turno
Torno tronco
E todos trancam
As portas e janelas
Do centro e das favelas
E fora fica a fome
Do menino que dorme
Silencioso acorda
No meio da desordem
Desordenados outros tantos
Também acordam
Acordados e alimentados
Tão vaidosos vão
E esquecem o menino
Faminto deitado no chão
Com pouco peso
Preso na solidão
Sem solução
Com soluços
Soluçando a fome
O menino some
No meio da multidão
(amosventura)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Poesia ando
Meu dia em pecado
Num pedaço do recado
Talvez minha metade
Abrace-me e negue-me
Maltrate-me e depois me mate
Ressuscite-me
E de novo mate-me
Por isso tenho medo
E duvido também
Dessa falsa verdade
Que ouço todo dia
Que a morte é o amém
Pois separo da vida
E renasço na poesia
Eis a parte de mim
Separada do fim
Do fim da vida
Do fim do dia
No fim a poesia
(amosventura)
Num pedaço do recado
Talvez minha metade
Abrace-me e negue-me
Maltrate-me e depois me mate
Ressuscite-me
E de novo mate-me
Por isso tenho medo
E duvido também
Dessa falsa verdade
Que ouço todo dia
Que a morte é o amém
Pois separo da vida
E renasço na poesia
Eis a parte de mim
Separada do fim
Do fim da vida
Do fim do dia
No fim a poesia
(amosventura)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Banquete
Banquete
Eu insisto em existir
E persisto em substituir
A tua ausência
Pela minha paciência
Sei que é falsa a presença
Que a loucura despertou
E logo extinguiu a esperança
Que o vinho santo simulou
No banquete das delicias
Na madrugada de orgias
Que a santa prostituta ofertou
(amosventura)
Eu insisto em existir
E persisto em substituir
A tua ausência
Pela minha paciência
Sei que é falsa a presença
Que a loucura despertou
E logo extinguiu a esperança
Que o vinho santo simulou
No banquete das delicias
Na madrugada de orgias
Que a santa prostituta ofertou
(amosventura)
sábado, 1 de janeiro de 2011
Patativa (o canto da minha solidão)
Patativa (o canto da minha solidão)
Sol é solidão
No solstício de verão
Só e solitário
Como o canto do canário
Só não sabia
Da tristeza do sabiá
Só no sertão
Quente empoeirado
O sol sacrificando
A plantação e o gado
Só festejando
Quando vem chegando
Tão esperançoso
O dia chuvoso
O dia mais aclamado
Do povo flagelado
Só a chuva abençoada
Deixa renovada
Essa aridez
Que como o sol
Na noite se desfez
E só a lembrar
Do poeta Patativa
Do sofrido canto
Que cantava a vida
E quando findou
Causou espanto
Só restou
O silencio e o pranto
Aqui e acolá
singela homenagem ao saudoso poeta Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) que cantou nas banda de lá, longe aqui do Paraná.
(amosventura)
Sol é solidão
No solstício de verão
Só e solitário
Como o canto do canário
Só não sabia
Da tristeza do sabiá
Só no sertão
Quente empoeirado
O sol sacrificando
A plantação e o gado
Só festejando
Quando vem chegando
Tão esperançoso
O dia chuvoso
O dia mais aclamado
Do povo flagelado
Só a chuva abençoada
Deixa renovada
Essa aridez
Que como o sol
Na noite se desfez
E só a lembrar
Do poeta Patativa
Do sofrido canto
Que cantava a vida
E quando findou
Causou espanto
Só restou
O silencio e o pranto
Aqui e acolá
singela homenagem ao saudoso poeta Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) que cantou nas banda de lá, longe aqui do Paraná.
(amosventura)
Assinar:
Postagens (Atom)