sábado, 28 de dezembro de 2013

Da pele



A brancura suave da tua pele confunde
O vôo noturno do anjo celestial
E o calor que sobe é semelhante
O fogo do juízo final

E o infinito som do gemido
Abre a porta para o abismo infernal
E do céu desce o “fogo misturado”
“com o sangue” do pecado carnal

E quando docemente a chama toca
O mar da pele, tranqüilo queima
E o vento santo do desejo acalma

Esse fogo que acende na alma
O gosto amargo do santo pecado
Que no ventre da alma eternamente fica marcado.

(Amos)