terça-feira, 22 de março de 2022

Quase um haikai tupiniquim "Ode ao Messias"

 

Despeitadas ruínas do que foi Olimpo

Nós, tão pouco livres

Como são eles

Ao seu domínio, Dionísio!

Só na ilusão a liberdade existe

No convencimento antigo

O ritmo repetido

Das ninfas, insiste

 

Entre deuses e assassinos

Alheio ao mundo

Gemem em segredo

Pequenos vultos

 

No falso arbítrio

Superior e urdido

A consciência lúcida  

Já não importa

Mas a concisa

Sombra abjeta

Da miséria humana

É a riqueza do que lhe resta

 

E no inútil  universo

Um amor solene

Sobrevive

puro e plácido

E do pranto

O amanhã renasce

Vivo em Cristo.