Em baixo do Imbuzeiro
Descansa do dia quente
Do sol do sertão que arde
Forte na pele da gente
Delirava deitado o boiadeiro
Na quentura forte e zangada
Onde o vento passava ligeiro
Escurecendo toda e estrada
Com o bafo quente empoeirado
Que dava medo em cangaceiro
Viajante tangerino e vaqueiro
Que desciam rápido do cerrado
Uma língua de fogo açoitava
Com um sopro forte aluía
O sabia solitário chorava
A arvore abrasada gemia
La nos confins da serra
O véu de fumaça se via
Que o céu azul se envolvia
E os pássaros como pedra
Ligeiro no chão descia
E as cinza para o alto subia
Com a reza forte soluçada
Da preta velha ajoelhada
(Singela homenagem ao sertão)
(amosventura)
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