sábado, 22 de outubro de 2011

Homem enjaulado

O homem enjaulado urra
Só, mas os fantasmas o acompanham
E no abismo do desespero faz jura
Mas eles o condenam
Puxam e lhe afogam

Tenta gritar, mas o ar lhe escapa
Então urra, luta e espuma

Enjaulado, arranha, morde e explode
A cabeça na fria parede
De sua solitária jaula
Cansado abre suas veias
E o sangue numa doce brisa
Leva suas forças

O homem enjaulado definha
Já não tem forças para morte digna

O homem enjaulado e esquecido
No seu próprio mundo
Sente o quente laço
Que como um carrasco
Ele mesmo preparou
E como sua vida se finda
Mais alto ainda
Como uma fera urrou

E mansamente morre esquecido
O adulto parido
Que sem sentido fracassou

(amos)

3 comentários:

  1. Há tantas grades invisíveis que penso que todos estamos enjaulados.

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  2. ,ameop mu sereuq ut es
    ed raiar on ateop ês
    aripsa,oirbmos aid mu
    elogne e snevun sa
    ed aitsugna a
    .ós ratse

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  3. Existes muitos enjaulados. Alguns percebem isso cedo e tentam se libertar, mas outros não possuem a mesma visão, e portanto a mesma sorte.
    São as prisões do mundo, da tristeza, da dor.

    Nenhuma vida merece ser presa. A nada e a ninguém.

    Um bom domingo para você meu caro.

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