sábado, 21 de janeiro de 2012

Fim do poeta

Palavra de um ex-vivo
Da sua viciosa vida
Deixa esses simples versos
Sem heróis sem quimeras

Sobre o túmulo da saudade, amargura
Na noite fria, úmida pouco estrelada
Sem gritos, sem destino, sem cura
No deserto da noite, alma desvairada

Velando, agoniado, estremecia
Sustentava um triste amor, mortal
Eis agora no corpo a dor infernal
Envolvido, pela fúnebre escuridão, gemia

Infeliz lembrança causa horrores
Como o espinho do medo
Cravado no peito, causa ainda dores

Coberto de lama apodrecera
Desgraçado moribundo
Esquecido assim, agora jaz

(amos)

Um comentário:

  1. Não cara...o poeta não pode morrer....
    Não pode ser esquecido. É isso o que o mundo quer. Ele quer que os poetas morram e os falsos corações reinem.
    Não podemos deixar o poeta morrer.

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