Quase um haikai tupiniquim "Ode ao Messias"
Despeitadas ruínas do que foi Olimpo
Nós, tão pouco livres
Como são eles
Ao seu domínio, Dionísio!
Só na ilusão a liberdade existe
No convencimento antigo
O ritmo repetido
Das ninfas, insiste
Entre deuses e assassinos
Alheio ao mundo
Gemem em segredo
Pequenos vultos
No falso arbítrio
Superior e urdido
A consciência lúcida
Já não importa
Mas a concisa
Sombra abjeta
Da miséria humana
É a riqueza do que lhe resta
E no inútil universo
Um amor solene
Sobrevive
puro e plácido
E do pranto
O amanhã renasce
Vivo em Cristo.