A noite ( quente igual caldeirao)
Num nobre desejo de solidão
Sempre a noite eu cantava
Para meu boi que espreitava
Na poeira do meu sertão
Sem menor expressão
Com os olhos cerrados
Procurando o capim seco
Que encontrava no chão
Esse boi que foi criado
Nas veredas de terra seca
Pisando nos torrão,
Esperando nos trovão
A chuva que não demora
Pelo chão seco da tapera
A água passa desesperada
Aguando, o solo empoeirado
Na tarde molhada de verão
A rezadeira chora, pro sertão
Com as lagrimas e a canseira
A espera de salvação......
(amosventura)
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