domingo, 27 de março de 2011

Memória de uma prostituta

Amarrotado jardim carnal
O qual doce bela se banha
Noite adentro, lua fora

Perdido, pecador banal
Espia, escarra e arranha
Prova o amargo veneno da fruta

Delicia-se tentadora prostituta
Tece feroz sua teia
Aprisiona a carne pecadora
Ludibria com taça cheia
Arde loucamente desejosa
Grita alto desgraçada tentadora
Nua alma de seda rosa

Crava a unha no corpo
Da vitima que se entrega
Treme sussurra quase morto

A gota deliciosa rega
Ressuscitando o corpo desgraçado
Noite fria instiga paixão quente
Ardil caminho, delicioso pecado

Regozijo loucamente
Do aveludado jardim seu

Minha prostituta amada
Numa triste madrugada
O suicídio cometeu

Agora descansa inocente
No jardim, inconsciente
Que aflora no peito
De esse ser imperfeito
Que lembra inquieto
Agoniado no leito

Febril moribundo, eu Decreto!

(poema escrito, das divagações literárias e das observações noturnas)
(amosventura)

Um comentário:

  1. Rapaz, muito bom! Sabe que eu também tem um sobre a mesma temática: http://fredcaju.blogspot.com/2010/07/clayde.html

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