sábado, 7 de maio de 2011

Grito minha poesia


(Calei-me diante da poesia)

Desejosa noite acolhedora
Eis me aqui!
Sozinho, com um simples rascunho
Grito minha poesia amadora
Para ti

No silêncio sem testemunho
Minha voz ecoou
Rasgando teu ventre, amada
Só ela escutou
E não mais me perdoou

Escuridão adentra
Nos becos sujos
Imundo é o mundo
Em meio aos vermes
Que se proliferam
Nas fezes fétidas
Nas chagas abertas
 E na carne putrificada
De todos nós
Repousado no lodo
Regurgitado antes da insônia 
Não mais vida!

Assim fomos
Complexo organismo

Morto e não mais vivo
Simples vermes
De várias formas
Assim somos 

Escuta o vil pecador
Insano, ajoelhado
Gritando desesperado
A simples poesia
Assim sou 

(amosventura)

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