sábado, 11 de fevereiro de 2012

O delírio, o rei e o reino

O rei teve varias variações
Variou, vibrou, vislumbrou
Outras imagens (ir) reais

Do seu quarto
Ramificou seus pensamentos
E fez sua prece
A tarde toda sem pressa

Batucou, batucadas batutas
Buscou transcender
Outras intenções

Logo se metamorfoseou
Com novas asas
Do casulo se libertou
Liberto pelo reino pairou

Segregou fácil da degeneração
Dos homens caóticos
Caídos, na destruição

Do alto lamentou
O ventre, perdido, partido
O parto ocorrido
Que a cegueira inocentou

Aturdido, o reino rejeitou
Solitário profere esconjuro
E procura abrigo seguro

Nos lírios em seus delírios
Deliberando, em qualquer direção
E sem sentido
Pelo mundo logo vagou

Destemido, despiu e despediu-se
Do efêmero corpo seu
E coagido na escuridão
Desapareceu

E na alcova acordou
Ressuscitou reassumiu
E com esmero
Um novo reino construiu

(Amos)

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