domingo, 30 de janeiro de 2011

Deserto

Deserto (amor distante)

Passo pelo deserto do desencontro
Desconcerto-me entre uma venturosa
Maldita, tempestade que tortura
Pouco a pouco me deixa quase morto

Isolado no vasto antro
Que mortifica com um perigoso fervor
E reveste com um véu espinhoso
Esse único maldito amor

Um alongado suspiro que me fere
Palpita-me em meu peito a dor da lembrança
A luz dispersa e ofuscante do sorriso
Onduloso que ressalta ainda uma esperança

Na ilusão extrema na margem do rio
Que me arde emoções que invento
E no ventre escuro da terra
Calmamente aflora um raro e imaginário
Amor árduo, que dilacera o meu peito

A constância desse sofrimento
Violentamente perturba e me conduz
E em sucessivos flagelos me reduz
Em um infausto ser moribundo

Entregue aos vermes da terra
Que ferozmente estão a espera
(amosventura)

para alguem que ficou longe, distante que marcou um tanto, a voz,sorrisso, seus movimentos, o nu de seus braços ainda é a imagem que eu vejo, faria o possivel para descançar em seus braços, como a distancia nos separa, vou subir e gritar meus amores.............

2 comentários:

  1. esse único maldito amor...sempre coisas fortes saem dessa dor...é, as vezes sara amanhã, as vezes não sara nunca, que nem diz o mestre Drummond...

    abraços!!

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