No vazio noturno
Muda o turno
Torno tronco
E todos trancam
As portas e janelas
Do centro e das favelas
E fora fica a fome
Do menino que dorme
Silencioso acorda
No meio da desordem
Desordenados outros tantos
Também acordam
Acordados e alimentados
Tão vaidosos vão
E esquecem o menino
Faminto deitado no chão
Com pouco peso
Preso na solidão
Sem solução
Com soluços
Soluçando a fome
O menino some
No meio da multidão
(amosventura)
Triste, mas muito bonito.
ResponderExcluirUm vazio prenhe de sentidos...
ResponderExcluirObrigada pela visita ao Nudez Poética!
Um abraço,
Lou
indubitavelmente explêndido...
ResponderExcluirformidável